Michelle Louise
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Todos os nossos cães são submetidos a radiografias coxo-femural antes de serem selecionados para o programa de reprodução, afim de controlar a disseminação desta anomalia genética.
O Médico Veterinário Responsável pelos laudos feitos em nosso canil é Dr Daniel Baudouin, profissional habilitado para tal procedimento.
Alguns laudos além de algumas informações relacionada podem ser encontradas no link:
https://www.vet-x.com/index.php
É importante que as pessoas tomem conhecimento da necessidade do controle da Displasia coxo-femural, e com isso exija o laudo radiografico dos pais do filhote, no laudo deve estar especificada a graduação que ira determinar se o cão pode ou não acasalar.
É uma doença do desenvolvimento, isto é, afeta o animal no seu crescimento, possuindo um caráter poligênico com forte influência do meio ambiente. Caracteriza-se pelaincongruência entre a cabeça femoral e a superfície acetabular.
A etiologia da displasia não está bem definida, podendo ter origem por diversas causas. Sabe-se no entanto, que cruzamentos de pais displásicos determinam uma porcentagem de 50 à 60% de chance de procriar filhotes também displásicos, conferindo caráter congênito à doença. Observa-se ainda que a influência do meio ambiente pode acentuar a alteração articular associada a diversos fatores tais como: piso liso, obesidade dos filhotes, alimentação hiperproteica, postura dos filhotes durante a amamentação, traumas, etc.
A displasia está presente em quase todas as raças, sendo mais evidenciadas em raças grandes e gigantes de crescimento rápido, como o Rottweiler, Fila Brasileiro, São Bernardo, Pastor Alemão, Labrador, Golden Retriever, Dogue Alemão, entre outros.
Não existe uma idade pré determinada para o surgimento da doença, porém animais displásicos geralmente começam a desenvolver sintoma clássicos entre 5 e 9 meses de idade.
Filhotes que apresentem andar rebolante, claudicação, dor, região pélvica em postura inferior aos membros torácicos, tarsos deslocados medialmente (“jarrete de vaca”), andar saltitante semelhante ao do coelho, entre outras alterações, podem sugerir quadro de displasia coxo-femoral.
Somente o exame radiográfico realizado dentro de normas técnicas adequadas pode confirmar os casos de displasia.
A displasia coxo-femoral não tem cura, porém possui tratamentos que podem ser diversos e dentro da experiência de cada profissional, abrangendo desde o tratamento clínico convencional com antinflamatórios e analgésicos associados à aminoácidos e/ou extratos de cartilagem e/ou ácido hialurônico, passando pela fisioterapia, acupuntura e em casos graves até a cirurgia.
O animal com displasia coxo-femoral em termos comportamentais é igual a qualquer outro animal, não havendo necessidade de sacrificá-lo ou doá-lo. A recomendação para animais displásicos é retirá-lo da reprodução e se possível esterilizá-lo, já que essa doença possui caráter congênito.
Os códigos utilizados no Brasil têm a seguinte leitura:
CÓDIGO |
CLASS. |
DISPLASIA CONSIDERADA |
PARA REPRODUÇÃO |
HD-
|
A
|
NORMAL
|
APTO
|
HD+/-
|
B
|
QUASE NORMAL
|
APTO
|
HD+
|
C
|
AINDA ACEITA
|
APTO
|
HD++
|
D
|
MODERADA A MÉDIA
|
NÃO APTO
|
HD+++
|
E
|
SEVERA A GRAVE
|
NÃO APTO
|
Os exames feitos no Brasil, são atribuídas graduações a cada uma das articulações, mas convencionou-se apresentar apenas a pior avaliação para designar o diagnóstico. Assim, quando a avaliação tenha resultado em HD- de um lado, e HD+/- de outro, para efeito de apresentação de seu grau de displasia, ele é classificado como HD+/-.
***Texto gentilmente cedido pelo Dr Danil Baudouin
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